O CONSUMO DE DROGAS E ÁLCOOL POR PESSOAS QUE SÃO ATIVAS NO MERCADO DE TRABALHO É UMA REALIDADE QUE ATINGE VÁRIAS EMPRESA, MAS O QUE FAZER QUANDO ALGUM CASO É DETECTADO DENTRO DA PRÓPRIA EMPRESA?
O VEREADOR GILMAR ROTTA, PROMOVEU O 2º ENCONTRO "PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS NO AMBIENTE DE TRABALHO"
SEGUNDO DADOS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO, FUNCIONÁRIOS QUE CONSOMEM ÁLCOOL E DROGAS:
- FALTAM APROXIMADAMENTE 26 DIAS POR ANO SEM JUSTIFICATIVA, O QUE REPRESENTA O TRIPLO DE FALTAS DE UM FUNCIONÁRIO QUE NÃO TEM O PROBLEMA.
- QUEDA NA PRODUTIVIDADE, ELA PODE SER ATÉ 30% MENOR.
- AUMENTO EM CINCO VEZES MAIS RISCOS DE ACIDENTES
ESSES PROFISSIONAIS DEPENDENTES DE SUBSTÂNCIAS LÍCITAS E ILÍCITAS SOMAM 15% DENTRO DAS EMPRESAS.
EXISTEM ALGUNS SINAIS QUE PODEM DENUNCIAR ESSES TRABALHADORES:
- FALTA DE MOTIVAÇÃO PARA ESTUDAR/TRABALHAR.
- MUDANÇAS BRUSCAS DE COMPORTAMENTO.
- TROCA DA NOITE PELO DIA.
- INQUIETAÇÃO, IRRITABILIDADE,ANSIEDADE, INSÔNIA.
- OLHOS AVERMELHADOS, OLHEIRAS PROFUNDAS, ALTERAÇÕES DRÁSTICAS DE HUMOR( ALTERNANDO ENTRE INTENSA EUFORIA E DEPRESSÃO).
- DESCUIDO COM HIGIENE PESSOAL
HISTÓRIA
O USO DE DROGAS NO AMBIENTE DE TRABALHO COMEÇOU NA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL, POIS OS EMPREGADOS NÃO TINHAM NENHUMA CONDIÇÃO ADEQUADA PARA TRABALHAR, NÃO TINHAM CARGA HORÁRIA (ERAM MAIS DE 12 HORAS POR DIA), O TRABALHO ERA PESADO E EXTENUANTE, ENTÃO PARA RELAXAR DE UM DIA ÁRDUO ELES RECORRIAM AO EXCESSO DE ÁLCOOL.
OS PRIMEIROS PROGRAMAS DE DESINTOXICAÇÃO SURGIRAM NOS MEADOS DA DÉCADA DE 40. A PARTIR DOS ANOS 60 COMEÇOU A DISSEMINAÇÃO DE DROGAS COMO: COCAÍNA, ANFETAMINA, MACONHA E HEROÍNA, E O PROBLEMA PASSA A SE AGRAVAR DENTRO DAS EMPRESAS NA DÉCADA DE 70, COM O AUMENTO DA PRESSÃO POR MAIS PRODUTIVIDADE E DA COMPETITIVIDADE NO MERCADO DE TRABALHO.
A INCIDÊNCIA DO USO DE DROGAS NO AMBIENTE DO TRABALHO É, AINDA, UMA INCÓGNITA."OS DADOS (DO INSS) NÃO CONSEGUEM DAR CONTA DO TAMANHO DESTA REALIDADE", DISSE A MÉDICA PERITA ROBERTA SANTANA DE CASTRO CÉSAR, QUE ATUA NA UNIDADE DO INSTITUTO EM PIRACICABA. DE ACORDO COM LEVANTAMENTO LOCAL, DE 2010 ATÉ O ANO PASSADO, A QUANTIDADE DE AUXÍLIO-DOENÇA CONCEDIDO POR CONTA DO USO DE DROGAS QUASE DUPLICOU (PASSOU DE 600 PARA 1100). MESMO ASSIM, A SITUAÇÃO DEVE SER MUITO MAIS GRAVE, AVALIA A ESPECIALISTA.
NESTE LEVANTAMENTO, ESTÃO DISCRIMINADOS SOMENTE OS CASOS EM QUE OS PEDIDOS DE AUXÍLIO-DOENÇA SÃO BASEADOS NO USO DE DROGAS NO TRABALHO O EQUIVALENTE A MENOS DE 10% DO TOTAL DE BENEFÍCIOS CONCEDIDOS NO INSS EM PIRACICABA. "MAS SE O TRABALHADOR SOFRE UMA FRATURA PERMANENTE, ELE RECEBERÁ OS RECURSOS COM BASE NESTE INCIDENTE, E NÃO SERÁ AVALIADO SE FOI CONSEQUÊNCIA DO USO DE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS", DISSE A MÉDICA PERITA. DESTA FORMA, CRIA-SE UMA SITUAÇÃO DE SUB AVALIAÇÃO DESTE PROBLEMA.
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| DRA. ROBERTA SANTANA DE CASTRO CÉSAR, MEDICA PERITA DO INSS |
A SITUAÇÃO É NACIONAL, CONFORME OS MESMOS DADOS DIVULGADOS PELO INSS. O CRESCIMENTO DA CONCESSÃO DE AUXÍLIO-DOENÇA POR CONTA DO USO DE DROGAS É GALOPANTE, DESDE 2010, QUANDO FOI 38 MIL NO BRASIL, E CHEGOU A 49 MIL NO PASSADO. NESTE ANO, AS INFORMAÇÕES ATÉ AGOSTO, COM 35 MIL BENEFÍCIOS JÁ CONCEDIDOS, DEMONSTRAM QUE ESSA PROJEÇÃO CONTINUARÁ COM A MESMA ASCENSÃO. "A SITUAÇÃO É REALMENTE COMPLICADA, POR ISSO É IMPORTANTE A ATUAÇÃO EM PROL DA PREVENÇÃO", OBSERVA A MÉDICA ROBERTA CASTRO.
NO MESMO ESTUDO EM ÂMBITO NACIONAL, SÃO DEFINIDAS QUAIS AS DROGAS QUE MAIS AFETAM O TRABALHADOR. A GRANDE PARTE DOS CASOS ENVOLVE ASSOCIAÇÕES DE SUBSTÂNCIAS - "QUANDO USA-SE ÁLCOOL E MACONHA, POR EXEMPLO" EXPLICA ROBERTA CASTRO, COM 90.100 REGISTROS ENTRE 2010 E 2014:
- APARECE O ÁLCOOL, COM 35 MIL CASOS
- COCAÍNA COM 10.800 OCORRÊNCIAS
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| WAGNER MOURA, PSICÓLOGO |
PÓS-GRADUADO EM DEPENDÊNCIA QUÍMICA, ABUSO E COMPULSÃO. ELE DESTACOU QUE, ENTRE AS PRINCIPAIS MUDANÇAS DO USO DE DROGAS NA SOCIEDADE, ESTÁ NO ASPECTO DE QUE "NÃO É MAIS UMA QUESTÃO MORAL, MAS SIM AFETA QUALQUER CIDADÃO, DE QUALQUER FAIXA ETÁRIA E SOCIAL",OBSERVA O ESPECIALISTA.
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| VANDREA NOVELLO, COORDENADORA REDE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL |
VANDREA NOVELO DETALHOU O FUNCIONAMENTO DA REDE MUNICIPAL DE ATENDIMENTO PSICOSSOCIAL. SEGUNDO ELA, OS CASOS ENTRAM NO SISTEMA PÚBLICO ATRAVÉS DAS UNIDADES DE PRONTO-ATENDIMENTO (NA CIDADE, ATUALMENTE SÃO QUATRO), ONDE SÃO FEITAS ANÁLISES A RESPEITO DO TRATAMENTO, QUE OU É ENCAMINHADO PARA TRATAMENTO OU PARA INTERNAÇÃO. "TEMOS NA UNIDADES BÁSICAS, O "OLHO" DA REDE NAS COMUNIDADES, ONDE ELES PROCURAM IDENTIFICAR POTENCIAIS DEPENDENTES", DISSE VANDREA.
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| AUDITÓRIO (PARTE) |
O CONSELHO MUNICIPAL DE SAÚDE PRESTIGIOU O EVENTO, COM A PARTICIPAÇÃO DE JOSÉ MARIA MACHADO DE LIMA, AUXILIAR ADMINISTRATIVO DO CONSELHO, VALÉRIA CAPIS DA CRUZ E KATIA MARIA PASCHOALINI, CONSELHEIRAS MUNICIPAIS E ELIANE RODRIGUES ANANIAS, COMISSÃO LOCAL DE SAÚDE PSF-MARIO DEDINI I.
PARABÉNS!!
PELA INICIATIVA DE UM TEMA DE EXTREMA IMPORTÂNCIA A SAÚDE DO TRABALHADOR, POR PALESTRANTES DE NÍVEL E PELO ORGANIZADOR GILMAR ROTTA.
FONTE: http://vereadorgilmarrotta.wodpress.com/
